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  • Foto do escritorLeonardo Brant

DA AUTORIA À FRANQUIA

Você já se pegou criando algo sem levar o crédito? Ou já levou o crédito mas não viu a correspondente compensação financeira? Gostaria de ter espaço para discutir e encontrar caminhos para ativar economicamente seu processo criativo? 

São poucos os espaços de reflexão e construção de caminhos sustentáveis para a produção criativa. E isso tem um motivo. O mundo dos negócios quer diluir e precarizar  o quanto puder os processos criativos, de forma a conseguir impor ganhos crescentes à criação sem ter de dividir o bolo com quem cria. Nós, por outro lado, precisamos urgentemente tomar consciência do valor intrínseco de nossas criações. Mais do que isso, precisamos nos apropriar de todas as ferramentas de negócios capazes de ativar economicamente as nossas criações. 


O primeiro passo para conquistar esse patamar é a autoria. Um processo criativo é sempre complexo e muitas vezes é difícil configurar autoralidade em uma dinâmica com inúmeros criadores, por exemplo. Saber o limite de uma participação técnica ou um traço autoral é muito importante. Entender como se configura legalmente a autoria e quais os níveis de reconhecimento de uma participação criativa é fundamental para qualquer profissional das indústrias criativas. No mínimo, essa consciência vai ajudar e assinar contratos mais vantajosos. Nós vamos falar muito sobre isso tanto em nossos artigos como também na segunda temporada do podcast #AOLEO, que vai ao ar em julho de 2019. 


O segundo passo é a Propriedade Intelectual (PI). Conquistar o reconhecimento da autoria não significa garantir os direitos patrimoniais sobre a sua obra. Para isso é necessário consolidar em contratos todas as participações criativas da obra, garantindo a possibilidade de plena negociação de uma obra. Também falaremos muito sobre como fazer isso. 


Vale ressaltar que enquanto a autoria é algo atribuído a pessoas, o campo da PI já é restrito a uma atividade empresarial. Somente uma empresa pode explorar uma PI em sua plenitude. Isso por si já configura um negócio criativo. 


Mas não basta configurar uma PI, é preciso ativá-la economicamente, ou criativar, como prefiro dizer. E para falicitar o entendimento de como fazer isso, vou apontar dois caminhos distintos, porém complementares, de como fazer isso: licença e franquia. 


Vamos começar com a licença, que é a autorização de uso uma obra criativa. Isso pode a assinatura de um aplicativo ou game, até a “venda” de um filme para uma plataforma como Netflix, por exemplo. Geralmente o licenciamento se vale de mercados e plataformas já estabelecidas na tentativa de atribuir valor à sua PI. 


Já a franquia exige um esforço e uma criatividade empreendedora mais avançada. É um exercício constante de criar novos mercados para a sua criação. Se você criou uma história em quadrinhos, tente estimular a criação de produtos derivados dessa obra: um filme, um brinquedo, um game. Existe uma gama de possibilidades de exploração comercial para obras criativas. Criar e estimular a geração de novas formas de ampliar os usos comerciais de uma obra é o que eu chamo de franquia. E, com certeza, vamos falar mais disso do que qualquer outra coisa em nossos canais de reflexão sobre o assunto. 


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