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Foto do escritorDeusdará Filmes

CRIADORES, CRIATIVOS E CRIATURAS

Se as indústrias criativas são as que mais inovam e crescem no mundo, e essa indústria tem como seu maior ativo a criatividade, podemos deduzir que o mundo finalmente será dos criativos? Antes de responder a essa pergunta vale a pena distinguir criativo de criador, pois as indústrias reservam espaços diferentes para essas duas categorias.

Criativos são todos os profissionais atuantes na cadeia de valor das Indústrias criativas, alguns com funções mais técnicas, pois seguem modelos criativos pré-determinados, outros mais criativos, pois conseguem colocar traços realmente autorais em trabalhos sob encomenda. No audiovisual, um dos mercados em que atuo diretamente, temos uma incrível gama de profissões criativas: roteirista, diretor de fotografia, de áudio, montador etc. Sem dúvida que uma indústria audiovisual dinâmica e crescente gera mais oportunidades de trabalho para esses profissionais. Criadores são os autores de obras e produtos. Aqueles que detêm a propriedade intelectual de suas criações. Se souberem ativar economicamente este incrível ativo, os criadores colocam-se automaticamente no topo da cadeia.


É sempre bom lembrar que indústrias criativas são aquelas baseadas em propriedade intelectual, um ativo altamente escalável mas que depende de um bom ambiente jurídico e sobretudo de uma cultura de valorização da criação, coisa que o Brasil vem começando a experimentar nos últimos anos. Um bom exemplo disso é a crescente opção por serviços por assinatura, sejam cursos on-line ou serviços de streaming. Propriedade Intelectual (PI) é o ativo que realmente importa para criadores, criativos e criaturas. E é com base nele que muitos oceanos azuis surgirão, deixando para trás velhos mercados e modelos de negócios.


Ou seja, é no rompimento das barreiras entre criadores e mercado que surgirão as verdadeiras e potentes indústrias criativas brasileiras.


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